terça-feira, 24 de agosto de 2010

a salvo


nunca consigo dar conta por inteiro, dos suplementos do jornal que compro e, de vez em quando, se a pilha se apresenta muito vergonhosamente empoeirada, encho-me de coragem e despejo uns quantos no contentor do papel. a seco, sem olhar as capas, sem desfolhar, que é pouca a certeza de estar a fazer a coisa certa.
felizmente que ao salvar da pira os mais recentes, para os acabar de ler nas férias - o tempo é mais gordo - este  texto do Rui veio comigo, para contrariar a ideia de descanso absoluto e porque trouxe o Anibaleitor para ler em voz alta com os rapazes.

domingo, 22 de agosto de 2010

e lá vou eu




Mesmo que não conheças nem o mês nem o lugar
caminha para o mar pelo verão
Ruy Belo


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

saltaste a cerca porquê?*




















Abertura

Silêncio mas porquê e não apenas vento
até que a pedra se arredonde enfim
e a água se expanda
ralada no verde?



Um sono que se estenda obliquamente
entre a murada construção da idade
e as veredas ordenadas pelo passado



Uma memória a ter-se
mas não aquela que o futuro impeça

(in Hábito da Terra. Luanda, União dos escritores Angolanos, 1988)

aqui, a "autobiografia" que Ruy Duarte de Carvalho escreveu para o Jornal de Letras em 2005

* verso caído de Observação Directa, Cotovia, 2000

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

o mar ainda tão longe

depois de muitos dias a inventar refrescos pela cidade,


vou ver se encontro outros cursos de água.

img. daqui