sexta-feira, 13 de agosto de 2010

saltaste a cerca porquê?*




















Abertura

Silêncio mas porquê e não apenas vento
até que a pedra se arredonde enfim
e a água se expanda
ralada no verde?



Um sono que se estenda obliquamente
entre a murada construção da idade
e as veredas ordenadas pelo passado



Uma memória a ter-se
mas não aquela que o futuro impeça

(in Hábito da Terra. Luanda, União dos escritores Angolanos, 1988)

aqui, a "autobiografia" que Ruy Duarte de Carvalho escreveu para o Jornal de Letras em 2005

* verso caído de Observação Directa, Cotovia, 2000

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