quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

outras Alices


 
Peter Newell, 1901


 
  
Harry Rountree, 1908


  
Dusan Kallay, 1991



(escolhidas aqui)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

contrariar os tempos

O que preciso criar desassossego
«Mas o que é preciso é criar desassossego. Quando começamos a procurar álibis para justificar o nosso conformismo, então está tudo lixado!»
«Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherzinhas’. Temos é que ser gente, pá!»
Excertos de uma entrevista publicada originalmente no semanário Se7e de 27.11.1985
Republicada em Zeca Afonso: As Voltas de um Andarilho, edição aumentada, 1999 (daqui ; img. daqui

O que preciso criar desassossego

Zeca Afonso - O Andarilho da Voz de Ouro
José Jorge Letria, ilustrações de Evelina Pereira
Campo das Letras

domingo, 21 de fevereiro de 2010

pioggia



"Racconto storie con il disegno e so che è un privilegio perché quello di raccontare è il più bel mestiere del mondo" Gek Tessaro

sábado, 20 de fevereiro de 2010

once upon a time...

um lobo pintor, uma mãe-cabra e sete cabritinhos, esperam-nos a partir de hoje n´O Bichinho de Conto;
oportunidade para apreciar a delicada e intrigante interpretação deste conto tradicional proposta pelas ilustrações de Teresa Lima, artista seleccionada da Ilustrarte deste ano e Prémio Nacional de Ilustração em 1998 e 2006.



Os sete cabritinhos 
Tareixa Alonso (texto) 
Teresa Lima (ilustração)
OQO editora

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

boskein


 
acabada de chegar de uma visita de estudo aqui, ainda a sonhar com um mundo perfeito de raízes, troncos, folhas e frutos, o bolso inchado de sementes e a respirar melhor, encontrei este desafio da Bruaá. apeteceu-me ir já amanhã.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

behind fabrics

a propósito da recente polémica gaulesa sobre o uso da burqa e do niqab, lembrei-me do dramatismo do silêncio destas mulheres:



elas têm mãos delicadas,


olhares minúsculos
































tecidos maravilhosos a cobrir-lhes a pele.


















confesso que estas mulheres das mil e uma noites pintadas por Carll Cneut me deslumbram, mesmo se a sua invisibilidade me deixa apreensiva.
















Um segredo para crescer
Edições Kual

sábado, 13 de fevereiro de 2010

três poetas*



















COMO PINTAR UM PÁSSARO
Pinte primeiro uma gaiola
com a porta aberta.
Em seguida pinte
alguma coisa graciosa,
alguma coisa simples,
alguma coisa bonita,
alguma coisa útil...
ao pássaro.
Depois, coloque a tela contra uma árvore
no jardim,
no bosque
ou na floresta
e esconda-se
atrás da árvores
em dizer nada, sem se mexer.
Às vezes o pássaro chega logo,
mas pode levar muitos, muitos anos
até se resolver.
Não desanime,
espere.
Espere, se preciso, durante anos.
A velocidade ou a lentidão da chegada
do pássaro, não tem a menor relação
com a qualidade da pintura.
Quando ele chegar
(se chegar)
mantenha o mais profundo silêncio,
espere que ele entre na gaiola.
Depois que entrar,
feche lentamente a porta com o pincel.
Aí então
apague uma por uma todas as varetas.
(Cuidado para não esbarrar em nenhuma pena
do pássaro.)
Finalmente pinte a árvore,
reservando o mais belo de seus ramos
ao pássaro.
Pinte também a verde folhagem e a doçura do
vento,
a poeira do sol,
o rumorejo dos bichinhos da relva no calor da
estação.
Depois aguarde que o pássaro se decida a
cantar.
Se ele não cantar,
mau sinal:
sinal de que o quadro não presta.
Mas bom sinal, se ele canta:
sinal de que você pode assinar o quadro.
Então retire suavemente
uma pena do pássaro
e escreva o seu nome a um canto do quadro.


Jacques Prévert, tradução de Carlos Drummond de Andrade 
*(obrigada pela correcção, Miguel)
(poema encontrado aqui , ilustração de Wolf Erlbruch do livro "The King and the sea" encontrada ontem na Ilustrarte; fotografias da Lena)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ilustrarte


É já amanhã pelas 21.30h que inaugura no Museu da Electricidade a 4ª edição da Ilustrarte, Bienal de Ilustração para a Infância. Em exposição estarão as 150 ilustrações seleccionadas do conjunto de trabalhos de 1400 ilustradores de 61 países.
A vencedora desta edição foi a ilustradora belga Isabelle Vanderabeele que já havia participado na Ilustrarte de 2003 e recebido menções especiais nas edições de 2005 e 2007.
O trabalho desta autora assenta sobretudo em ilustrações impressas a partir de gravuras minuciosamente esculpidas em madeira, as xilogravuras, e as agora premiadas, integram o livro "Voorspel va Een Gebroke Liefde", escrito por Geert Kockere e editado na Bélgica pela Medaillon; recebeu em França o título "Prélude a un amour brisé" (Éditions du Rouergue).

 

O júri atribuiu ainda duas menções especiais aos trabalhos do ilustrador francês Martin Jarrie (menção especial na edição de 2007) e à dupla italiana Alessandro Lecis e Alessandra Panzeri.



A lista dos ilustradores seleccionados inclui os portugueses Daniel Lima, Teresa Lima, André Letria, Ana Sofia Gonçalves, João Vaz de Carvalho e Gémeo Luís. 
A Ilustrarte propõe ainda um olhar pela obra da escritora Luísa Ducla Soares e uma exposição retrospectiva do ilustrador alemão
Wolf Elbruch.
Um programa e tanto, não é?
(mais informação aqui)

Ilustrarte 2009
Museu da Electricidade
Av. de Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa, Portugal  

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tati revisited

 

 
"L'Illusionniste"

a segunda longa-metragem do francês Sylvain Chromet (Belleville Rendez-Vous, La Vieille Dame et les Pigeons) estreia esta semana no Festival de Cinema de Berlim, envolto numa polémica com contornos de "história de um segredo".
(ler mais aqui)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

é coisa de quem leu o Torga

Fernando Alves falava assim há uns dias, de "um chão seguro e antigo", num belíssimo texto, verdadeira terapia contra a aridez.


"Aldeias Sonoras é um projecto educativo da Binaural de mapeamento sonoro de zonas rurais portuguesas, em paralelo com o seu levantamento geográfico, histórico e sócio-cultural. O projecto envolverá escolas básicas e secundárias de zonas rurais de diversas regiões de Portugal, começando uma fase-piloto no ano lectivo 2008-2009 na zona de S. Pedro do Sul e da Serra do Montemuro, pela sua proximidade ao Centro de Residências Artísticas de Nodar (S. Pedro do Sul) e pelo conhecimento profundo que os autores do projecto têm da sua diversidade paisagística e humana.


O projecto pretende evidenciar a riqueza sonora do mundo rural português e a necessidade de o registar, envolvendo crianças e jovens nessa descoberta, promovendo em paralelo o sentido de identidade, de diversidade e de orgulho em viver no campo.


“Aldeias Sonoras” envolverá uma série de módulos de aprendizagem teórico-prática, com o objectivo de dotar os alunos de conhecimentos de tecnologias de registo e edição de sons, utilização de blogs para a organização e distribuição de informação, associando cada etapa do projecto a diversas disciplinas curriculares (nas áreas da arte, história, cidadania, geografia, tecnologias de informação, etc.)."

(título do post roubado aos Sinais)