sábado, 26 de dezembro de 2009

negras, as cores

agora já posso tocar-lhe em português. chegou no trenó da Bruaá


Como descrever as cores? como (re)conhecê-las sem as ver? a que sabem, o que sugerem ou o que fazem sentir? um joelho ferido, a doer, pode bem ser "o vermelho"... o chocolate a deslizar na boca sabe a "castanho", "o amarelo" a mostarda e tem a suavidade de uma bochecha de bebé. azul, é a cor que tem o céu quando o sol aquece a cabeça de Tomás.
Linhas brancas desenham palavras e escrevem imagens num livro para ler, sentir e imaginar (em Braille podemos também seguir caminho). este livro não se esgota na vulgar ideia de que os sentidos se podem substituir entre si ou que à falta de um deles, os outros se reforçam e compensam. a paleta de sensações que Tomás nos oferece é infinitamente maior do que isso e cada cor deixará de ser apenas a cor que se vê. um livro belíssimo!
(reedição deste post) 


O Livro negro das cores
Menena Cottin e Rosana Faría
Bruaá Editora

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