sexta-feira, 31 de julho de 2009

(por la calle)



(Pl. Lavapies)


(Caixa Fórum)


(Pl. de Cascorro)




(C/ Alcalá)




(Pl. Mayor)

terça-feira, 28 de julho de 2009

contador de histórias

primeiro encontro: no jardim. duas horas depois: vontade de voltar uma e mais vezes, deixar-me ficar por perto destes iguais. confronto, incomodidade: o outro, do meu tamanho, à minha espera. inesperado e desarmante conforto.








Juan Muñoz - Retrospectiva . Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid

(até 31 de Agosto)

Juan Muñoz nasceu em Madrid (1953), onde viveu sob a ditadura franquista. em meados da década de 70 mudou-se para Inglaterra, onde estudou arte e design e atingiu o auge da sua popularidade na década de 80. definia-se como um "contador de histórias". morreu subitamente em 2001, com 48 anos de idade.

terça-feira, 21 de julho de 2009

where the wild things are



enquanto espero o filme do Spike Jonze e visito o blog associado, encontrei esta versão mais gráfica da história que Maurice Sendak publicou em 1963:


(ilustração de Mariola Bruszewska)

sábado, 18 de julho de 2009

o filtro


Escritor Philip Pullman rejeita submeter-se a controlo



"O escritor britânico Philip Pullman, o conhecido autor da trilogia «Mundos Paralelos», não poderá continuar a ler os seus textos nas escolas do Reino Unido por recusar submeter-se a um controlo para um banco de dados de presumíveis pedófilos.

A exigência governamental de submeter a um controlo deste tipo toda e qualquer pessoa que mantenha contactos com escolas dá a entender aos jovens que «o mundo é um lugar sinistro e repugnante, onde toda a gente pretende assassiná-los e violá-los», afirmou o escritor, citado hoje pelo jornal The Daily Telegraph.

O controlo será efectuado pela chamada Independent Safeguarding Authority (ISA), criada pelo ministério do Interior britânico na sequência do assassínio de dois estudantes de 10 anos, em 2002, por um funcionário do colégio que frequentavam.

A partir de Novembro de 2010, os 11,3 milhões de pessoas que trabalham com crianças e adultos vulneráveis, incluindo professores e voluntários, terão de passar por aquele «filtro».

Na opinião de Pullman, o governo trabalhista «foi demasiado longe» ao exigir o registo de voluntários, que têm apenas um contacto fugaz com as crianças.

Pullman, cujo livro «Os Reinos do Norte» foi transposto para o cinema com o título «A Bússola dourada», qualificou a medida de «insultuosa» e «desnecessária».

«Recuso-me a ser cúmplice de qualquer sistema que dê por suposta a minha culpabilidade», disse Pullman, que já foi professor.

O escritor considera que bases de dados como esta apenas podem «corromper a visão que as crianças têm do mundo» e dar-lhes a entender que devem adoptar uma «atitude, não de confiança, mas de desconfiança».

Segundo um porta-voz do ministério do Interior, não se pretende penalizar ninguém, mas qualquer pessoa que tenha «contactos mais do que esporádicos com crianças» ou adultos vulneráveis terá de passar por aquele «filtro», com o qual se visa apenas proteger a infância."

Diário Digital / Lusa

(via)


segunda-feira, 13 de julho de 2009

wonderland

enquanto se espera a Alice de Tim Burton, tempo para uma outra, a do cineasta checo Jan Svankmajer.



sexta-feira, 10 de julho de 2009

entre as oliveiras

é só até amanhã à noite, mas é capaz de valer a pena passar por lá para ver como é. depois, é sonhar com um relvado assim: bem junto ao coração.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

a life. alive.




As imagens transbordam


As imagens transbordam fugitivas

E estamos nus em frente às coisas vivas.

Que presença jamais pode cumprir

O impulso que há em nós, interminável,

De tudo ser e em cada flor florir?


Sophia de Mello Breyner Andresen

Obra Poética I

Caminho

(img. de Violeta Lópiz)

domingo, 28 de junho de 2009

tempo grande

ontem, perdi as noites brancas mas encontrei o Verão aqui. trouxe-o para casa. cheira a guardado. assim, como todos os tesouros que nos lembram o tempo gordo da infância e que persistimos em querer encontrar, todos os anos, quando o tempo aquece e fica grande.


O Verão
é uma árvore
carrregadinha de pêssegos.
(...)
É o tempo
em que o sol queima
e apetece estar deitado
à sombra das árvores
a ouvir conversas
de passarinhos.
(...)
O Verão
é o tempo das festas
na aldeia.
(...)
O Verão
é o tempo das zínias
e das sécias.
(...)

Maria Isabel César Araújo
ilustrações de Maria Keil

segunda-feira, 22 de junho de 2009

próximo futuro

em Lisboa, nas próximas semanas, acrescentam-se motivos para passear por aqui: a sombra está enfeitada com versos, há filmes para ver ou rever enquanto as rãs mergulham por perto e a música poderá ser inesperada. é o futuro já aqui.





"A Casa", instalação do brasileiro José Bechara
Próximo Futuro é um programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea dedicado em particular, mas não exclusivamente, à investigação e criação na Europa, na América Latina e Caraíbas e em África. O seu calendário de realização é do Verão de 2009 ao fim de 2011.

"(...) O Mundo está diferente e isso implica uma responsabilidade maior para os que nele têm capacidade de intervenção. Há uma personagem de “À Espera dos Bárbaros”, de J.M. Coetze, que diz «Há qualquer coisa a meter-se-me pelos olhos dentro e ainda não consegui ver o que é». Mesmo assim, ou por isso mesmo, é fundamental estar disponível para o que vem, na sua estranheza e na sua imprevisibilidade, e as crises são momentos cruciais para a intervenção que modifica, altera, recoloca as questões centrais. Foi graças a este espírito que os estudos pós-coloniais – hoje já alojados nas universidades e já sem a carga de algum panfletarismo que, necessariamente, tiveram no seu início - que nós europeus nos redescobrimos, na construção de outras narrativas mais justas sobre a história e, sobretudo, na possibilidade que nos é agora dada de beneficiar da memória e da conciliação. E aqui a importância das novas narrativas – que no caso dos países da América Latina e Caraíbas já começaram há mais tempo e que, no caso de África e em alguns países de Oriente, são mais recentes – é fulcral para agir no futuro próximo. De uma forma geral, e mesmo em situações conturbadas, estas novas narrativas surgidas das independências transportam com elas uma energia e uma vitalidade raras. São elaboradas por populações e criadores de países à procura de construírem novas identidades e, com elas, novas formas de representarem e viverem o mundo. Não são países perfeitos, nem paradisíacos. Em muitos deles há guerra, corrupção, racismo e xenofobia, mesmo entre africanos, ou ressentimentos, entre povos latino-americanos. Mas, que sabemos nós das suas realidades e das suas razões para os julgarmos tão apressadamente, como é regra geral? Sabemos pouco e é fulcral sabermos muito mais(...)"

António Pinto Ribeiro

(o texto completo pode ser lido aqui . calendário aqui . imagens copiadas do blog)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ايران

possibilidade poética num país a ferro e fogo :












fotografias de Abbas Kiarostami

'the tree is the sister of man'(Muhyiddin Ibn 'Arabi)

domingo, 14 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

sem tempo para aprender



" Today, I count myself blessed, having become a photographer. To be able to articulate the experiences of the voiceless, to bring their identity to the forefront, gives meaning and purpose to my own life " G.M.B.Akash















Dhaka. Bangladesh (ver aqui a série completa Born to Work )

no Zoriah, conheci o trabalho humanitário empenhado do admirável fotógrafo G.M.B.Akash, para quem, dar visibilidade ao trabalho infantil é a forma de pressionar o governo do seu país a devolver estas crianças à escola. vou continuar a acompanhar o seu olhar. por cá, o fenómeno arranjou disfarces e ensaia novas configurações. chamam-lhe "trabalho artístico"!

sem tempo para crescer



estas fotografias foram tiradas entre 1908 e 1910 por Lewis Hine (1874-1940), que dedicou grande parte da sua actividade de fotógrafo a documentar cenas de trabalho infantil nos EUA. Entre 1908 e 1912 Hine registou com a sua câmara aquilo que chamou rostos da juventude perdida: crianças de todas as idades a realizarem trabalhos de adultos. O fotógrafo conheceu-os todos. Conheceu as histórias de cada um. Posaram para ele, às vezes com o orgulho ingénuo de quem se julga gente grande, embora nos seus olhos estivesse toda a tristeza do mundo.
(fotos daqui)