img. daqui
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
a ordem do dia (só por mais dois dias!)
à beira de mais uma eleição, este seria francamente um voto interessante:
Esse é o mote: Vote
Este
é o mote: vote.
Estamos todos no mesmo bote.
Vote.
Escolha o menos fracote
e vote.
Já não se votou no Lott?
Pois vote.
Não anule nem faça trote.
Vote.
Pelas barbas do Quixote,
vote!
Não picote o papelote.
Vote.
Tire os nomes de um pote.
Ou do decote.
Mas vote.
Não passa na glote?
Não faz mal.
Vote.
Você preferia ficar em casa ouvindo o Concerto em Dó Maior
de
Gottfried Munthel para Orquestra, Baixo Contínuo e Fagote?
Tomando um scotch?
Esquece.
Vote.
Vote em sacerdote,
Ou em hotentote.
Mas vote.
Vote em cocote.
(Mas não em iscariote.)
Mas vote.
Não fique aí pensando “to be or not”.
Vote!
E, se no fim faltar rima, não se apague.
Sufrague
é o mote: vote.
Estamos todos no mesmo bote.
Vote.
Escolha o menos fracote
e vote.
Já não se votou no Lott?
Pois vote.
Não anule nem faça trote.
Vote.
Pelas barbas do Quixote,
vote!
Não picote o papelote.
Vote.
Tire os nomes de um pote.
Ou do decote.
Mas vote.
Não passa na glote?
Não faz mal.
Vote.
Você preferia ficar em casa ouvindo o Concerto em Dó Maior
de
Gottfried Munthel para Orquestra, Baixo Contínuo e Fagote?
Tomando um scotch?
Esquece.
Vote.
Vote em sacerdote,
Ou em hotentote.
Mas vote.
Vote em cocote.
(Mas não em iscariote.)
Mas vote.
Não fique aí pensando “to be or not”.
Vote!
E, se no fim faltar rima, não se apague.
Sufrague
img. (alterada) daqui
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
deslumbramento
Estão juntos há mais de trinta anos. Tecem universos invisíveis e dificilmente dizíveis. Com generosidade, Victoria Chaplin e Jean-Baptiste Thierrée sugerem sonhos e territórios poéticos sublimes. Estiveram em Lisboa em 2008 com o espectáculo Le Cirque Invisible e depois de ter visto o filme de Sylvain Chomet, foi impossível não me recordar deles e do estado de graça em que me deixaram.
sábado, 15 de janeiro de 2011
melancolia
Pas de péripéties haletantes, mais des pincées d’humour qui scintillent comme des pépites, des grands sentiments distillés avec pudeur, une élégance pleine de modestie, le tout magnifié par un graphisme superbe. Chomet, comme Tati, est un artisan qui avance par touches subtiles, sans se presser.
O Mágico
de Sylvain Chomet
de Sylvain Chomet
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
já é depois do natal
... as cores dos meus jacintos já espreitam e eu vigio a chegada de sol.
Depois do Natal
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
peixe colorido
É um peixe mas não se pode comer. Um arenque, peixe que não se come assim sem mais nem menos. Chega pela mão da Bruaá, o primeiro petisco criativo do ano: Arenque Fumado, poema de Charles Cros (1842 – 1888), ilustrado por André da Loba. Logo que o apanhemos queremos prová-lo!
O arenque fumado
Era um grande muro branco – nu, nu, nu,
Posta no muro uma escada – alta, alta, alta,
No chão, um arenque fumado – seco, seco, seco.
Ele chega, trazendo nas mãos – porcas, porcas, porcas,
Um martelo pesado, um prego – bicudo, bicudo, bicudo,
Um novelo de fio – grosso, grosso, grosso.
Subindo então à escada – alta, alta, alta,
Espeta o prego bicudo – toque, toque, toque,
Ao alto do muro branco – nu, nu, nu.
Deixa fugir o martelo – que cai, que cai, que cai,
ao prego amarra a corda – longa, longa, longa,
E à ponta o arenque fumado – seco, seco, seco.
Volta descer a escada – alta, alta, alta,
Leva-a, e ao martelo – pesado, pesado, pesado.
E lá se afasta para – longe, longe, longe.
Então o arenque fumado – seco, seco, seco,
Na ponta da corda – longa, longa, longa,
Balança devagarinho – sempre, sempre, sempre.
E eu inventei esta história – banal, banal, banal,
Para enfurecer as pessoas – graves, graves, graves,
E divertir as criancinhas – pequenas, pequenas, pequenas.
Charles Cros
via
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
lunário
A bicicleta pela lua dentro — mãe, mãe —
ouvi dizer toda a neve.
As árvores crescem nos satélites.
Que hei-de fazer senão sonhar
ao contrário quando novembro empunha —
mãe, mãe — as telhas dos seus frutos?
As nuvens, aviões, mercúrio.
Novembro — mãe — com as suas praças
descascadas.
A neve sobre os frutos — filho, filho.
Janeiro com outono sonha então.
Canta nesse espanto — meu filho — os satélites
sonham pela lua dentro na sua bicicleta.
Ouvi dizer novembro.
As praças estão resplendentes.
As grandes letras descascadas: é novo o alfabeto.
Aviões passam no teu nome —
minha mãe, minha máquina —
mercúrio (ouvi dizer) está cheio de neve.(...)
Herberto Helder
Poesia Toda
Assírio & Alvim, 1998
sábado, 1 de janeiro de 2011
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