domingo, 27 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

dia da bola no festival

Hoje, às 18h no Goethe-Institut de Portugal

Lançamento do Audiolivro Memórias de um Craque de Fernando Assis Pacheco. Publicadas há 38 anos no jornal Record e reunidas em livro pela Assírio & Alvim, estas crónicas ganham agora novo fulgor na voz de Nuno Moura, poeta, recitador e jogador de bancada. São evocações dos tempos de iniciação futebolística de um infante conimbricense destinado a gloriosos feitos desportivos – não só foi o maior craque da Rua Guerra Junqueiro no que à bola diz respeito, como também em disputas de berlindes, botões, matraquilhos, guarda-chuvas nos carris, corridas de bicicleta ou tiro ao lombo (de gato), entre outras modalidades.
Além de 2 CD´s áudio, a edição em audiolivro das Memórias de um Craque inclui fotografias inéditas e textos de Mário Zambujal, José Carlos Vasconcelos, Nuno Costa Santos e Nuno Moura.
Voz: Nuno Moura
Editora: Boca

e ainda a apresentação do videolivro " Anda Cá Que Eu Já Te Conto", segundo volume da colecção HOT – Histórias Oralmente Transmissíveis


... viagem pelo universo dos contadores tradicionais alentejanos, com uma ponte para a nova geração pela mão de Luís Carmelo. Ilustrado por António de Carvalho, o videolivro (textos + DVD) articula-se com uma exposição em grandes formatos das ilustrações e apresentações ao vivo do contador Luís Carmelo.
Voz: Várias
Editora: Boca

feira laica

segunda-feira, 21 de junho de 2010

chansonnette



(celebrando a luz do Verão, o papel de lustro vai de trabalho por uns dias...)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922-2010)




A Maior Flor do Mundo, de Juan Pablo Etcheverry, música de Emilio Aragón, 2006  
via 


Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

in Provavelmente Alegria, Caminho, Lisboa, 1985, 3ª Edição
 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

where a story comes from


"I especially like stories with extended landscapes, strong women, big feelings..."
 "every story has a shape, a music, a rhythm"  


















hoje ao final da tarde, Muriel Bloch falou do seu trabalho e do modo como o realiza, da mesma maneira como conta as histórias que escolhe para o concretizar: tece as palavras com cuidado e graça, envolve-nos nelas e de seguida, devolve-nos a uma cama macia. a da memória colectiva.
fiquei ainda mais curiosa por ouvir o que vai passar-se amanhã aqui.

terça-feira, 15 de junho de 2010

palavras ditas (baixiiiinho)



por uns dias, as palavras farão caminho tranquilo por aqui e eu vou sair ao encontro delas. procuro histórias e lugares frescos.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

próximo futuro

 
Palavras Daqui, Dali e Dacolá

Contos tradicionais da América Latina, da África e da Europa são o ponto de partida para invenções e recriações de histórias de ontem e de hoje, usando a tendência para acrescentar um ponto em cada conto contado. E para contar estas histórias temos de tudo um pouco. Palavras, certamente, mas também objectos, sons e gestos.

O programa é intenso, com sessões contínuas de manhã à noite, no Jardim. Temos contadores de profissão e contadores de eleição ... que esperam por nós nas tendas, na barraquinha ou no consultório de contos.

Para todas as idades, desde miúdos até aos graúdos temos actividades que partilham as palavras, os contos, a música e o fio da imaginação.
 
 programação completa aqui

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

do amor



Há umas semanas atrás o João Carlos mandou-me um amor pelo correio. 
Literalmente um amor pelo correio, já que "Meu amor da América" se inspira na história verdadeira de uma saudade e de um afecto, carregados de pudor e bem-querer, a partir da correspondência trocada entre um casal de camponeses torrejanos que o Oceano Atlântico apartou no início do século XX. 
Não sei se o que mais me comoveu foi a prematura interrupção do amor que a morte de um deles decidiu, ou se a minha própria memória das cartas que também os meus pais trocaram, durante um namoro que longamente se estendeu entre a Beira-Baixa e Lisboa e que os carris que levavam o meu pai Tejo acima e abaixo, ajudaram a perdurar. A verdade é que ao olhá-lo por estes dias, não paro de me lembrar do modo como nas suas longas cartas, o meu pai se despedia da minha mãe, "Recebe um aperto de mão, deste que te ama do coração, João" e fico mais perto do seu amor e da saudade que ele sente dela.
Obrigada João, pela bonita história que me contaste; vou guardá-la com atenção.
(a animação é uma pérola do ilustrador Nicolai Troshinsk, com música de Sylvia Filus; via)