em dois mil e nove

img. retirada de Costah

sem desviar o olhar. sem perder a alma.

andar na lua

o lunário para 2009 de Cecíla Afonso Esteves

raparigas especiais

hearts don´t break

what you see from a tree

a passear pelo blog da livraria Trama encontrei estas raparigas especiais. de Mel Kadel.

na frente dos olhos

img. daqui

christmastown

The Nightmare Before Christmas, Tim Burton

um bom Natal para quem passa por aqui

cidade dos livros

City of Books, uma excelente animação para comemorar o 25º aniversário da editora 4th Estate, encontrada aqui

dicionário da família

O QUÊ QUE QUEM

Notas de rodapé e de corrimão

texto de Eugénio Roda, ilustração de Gémeo Luís, edições Eterogémeas

uma espreitadela neste livro que lembra um dicionário, sobre palavras e lugares essenciais...

"(...) Avós são quem tem as memórias sempre à mão.
Memória deve andar no bolso para nos lembrar em que bolso a trazemos.
Bolso é o lugar onde os segredos se contam pelos dedos."

"Tia é quem nos leva de viagem e nos deixa espreitar pela janela.
Espreitar é o que fazemos quando os nossos olhos são maiores que o mundo.
Mundo é uma bola tão grande que se torna difícil jogar com ela."

"Mãe é quem anda sempre a semear flores por onde passa.
Semear é dar o que queremos receber.
Querer é obrigar os desejos a fazer ginástica. (...)"

baralhar o tempo

img. Irma Gruenholz , a lembrar Wallace and Gromit

TROCAR AS VOLTAS AO TEMPO

(...) Quantas horas tem o dia?

- Vinte e quatro, sempre a abrir.

- Pois eu queria vinte e cinco,

p´ra brincar até cair.

Quantos minutos a hora?

- Tem sessenta, sem enganar.

- Pois eu queria os sessenta

e mais um só para sonhar.

E os segundos por minuto?

- Sessenta sempre a passar.

- Pois eu cá queria setenta,

só para o tempo baralhar.(...)

excerto de TROCAR AS VOLTAS AO TEMPO, João Pedro Mésseder e Gémeo Luís, Edições Eterogémeas, 2008

anotar os dias

Agenda 2009

O Mundo É que Exagera

Encantei-me deveras com esta agenda, porque me lembrei dos pequenos cartões ilustrados que há anos peço aos alunos que façam quando trabalhamos o sentido figurado. Por um ano vou prescindir da moleskine e experimentar os meses com estas hipérboles ilustradas da editora Planeta Tangerina.

gigões e anantes

img. Hernán Cañelas

Gigões e anantes

Gigões são anantes muito grandes.

Anantes são gigões muito pequenos.

Os gigões diferem dos anantes porque

uns são um bocado mais outros são um bocado menos.

Era uma vez um gigão tão grande, tão grande,

que não cabia. – Em quê? – O gigão era tão grande

que nem se sabia em que é que ele não cabia!

Mas havia um anante ainda maior que o gigão,

e esse nem se sabia se ele cabia ou não.

Só havia uma maneira de os distinguir:

era chegar ao pé deles e perguntar.

Mas eram tão grandes que não se podia lá chegar!

E nunca se sabia se estavam a mentir!

Então a Ana como não podia

resolver o problema arranjou uma teoria:

xixanava com eles e o que ficava

xubiante ou ximbimpante era o gigão,

e o anante fingia que não.

A teoria nunca falhava porque era toda

com palavras que só a Ana sabia.

E como eram palavras de toda a confiança

só queriam dizer o que a Ana queria.

MANUEL ANTÓNIO PINA

O Têpluquê e outras histórias

na cozinha

AS COZINHEIRAS DE LIVROS
de Margarida Botelho (livro vencedor do prémio literário Maria Rosa Colaço deste ano)
lançamento na Bedeteca no dia 20 de Dezembro às 15,30

"E se um dia não houvesse livros novos para lermos?... E já tivéssemos lido todos os nossos livros de trás para a frente, de baixo para cima e até de pernas para o ar? Como iríamos viver sem novas histórias, aventuras e heróis?
Quantos tachos são precisos para se cozinhar uma história? E onde fica o pomar das vogais? Em que estufa estão os pontos de exclamação? E quem cozeu as vírgulas? Se um dia todas as histórias desaparecessem, como faríamos?Já sei! ... Seguiríamos o caminho do nariz em busca da grande COZINHA!"

(imagens e texto retirados do sítio da editora)

heróis abandonados

"Quando uma criança não lê, a imaginação desaparece."

é o aviso da Fundação para a alfabetização do Canadá.

Nesta campanha genial de promoção da leitura,"La lecture en cadeau", encontramos Peter Pan, Cinderela e outros habitantes de histórias, no hospital, envelhecidos e agonizantes. Razão da doença: abandono (se os miúdos deixarem de ler). Possibilidade de sobrevivência: leitura, para que as personagens não morram e a imaginação não desapareça.

porque é que estamos aqui?

Editado pela Bruaá, A Grande Questão, foi “ Livro do Ano” na categoria ficção em 2004 na Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha e Wolf Erlbruch (autor e ilustrador) venceu o prémio internacional Hans Christian Andersen de ilustração 2006. Erlbruch foi reconhecido como um dos autores mais inovadores e originais de livros infantis contemporâneos.

(mais informação sobre este e outros livros no sitio da Bruaá)

diários de viagem

Diários de Viagem, de Eduardo Salavisa

Lançamento amanhã, dia 13 de Dezembro,

entre as 16 e as 18,30 no La Moneda (Rua da Moeda nº1, junto ao Mercado da Ribeira, em Lisboa)

"Desde sempre, viajantes munidos de cadernos desenharam e escreveram sobre o que observavam e sobre aquilo que reflectiam. Para o percurso de alguns artistas os desenhos dessas viagens foram mesmo decisivos para o seu percurso artístico (Delacroix e Le Corbusier são dois bons exemplos)

Mas também podemos desenhar no nosso dia-a-dia como se viajássemos - é uma boa maneira de nos iniciarmos ou de continuarmos na actividade do desenho. Autores contemporâneos, de várias profissões e actividades, desenham habitualmente em cadernos transportáveis, a que chamamos Diários de Viagem ou Diários Gráficos.

Neste livro, 35 desses autores falam-nos dessa experiência e entreabrem-nos os seus cadernos.Ouvindo professores e alunos de vários níveis de escolaridade, compreendemos, por fim, como o Diário Gráfico, constitui uma ferramenta pedagógica fundamental, que estimula a capacidade de observar e de desenhar." texto da contracapa

PEDRO BAPTISTA: "Mesmo em viagem os desenhos são feitos de memória"

JOSÉ MARÍA SANCHÉZ : "Agora procuro ver a vida como uma viagem e levo sempre um livro em branco que vou enchendo pouco a pouco como um escritor que se vê obrigado a escrever"

ANTONIA SANTOLAYA: "A viagem é sempre na mesma direcção, a aparência disfarça os cenários que se visitam mas a viagem é contínua, até ao interior de mim mesma. Estamos em movimento e o tempo dedicado ao caderno de viagem é a margem de tempo para a reflexão."

(informação, textos e imagens retirados daqui)

do Brasil

Mariana Massarani

a minha árvore

Pierre Mornet

sobre os olhos que saio

a minha árvore despida plantada

na nuvem presa chora. sopro-lhe

o vento que possuo, mas

não se mexe. quebro as imagens

em lágrimas. suplico. abano os

braços e tento pôr-me de

pé. a minha árvore é

pequena, inventei-a

à pressa. cabe-me toda dentro

da cabeça. agora ouço menos surdo

o abanar das folhas, vejo menos

cego o que o meu grito

espanta

(valter hugo mãe, em Estou Escondido na Cor Amarga do Fim de Tarde, Campo das Letras )

colagens

Noah Woods

ler mais

capas ilustradas por Greg Clarke

de Itália

Laura Barella (imagens daqui)

sossego

Anne Julie

Roodgeelzwartwit (Vermelhoamarelobrancopreto)

Alguém quer contar uma história a partir destas belíssimas imagens do ilustrador belga,

Carll Cneut ?

sombras

Rabbit Shadows, Jason Viola

marionetas

O Polegarzinho, até 14 de Dezembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Um espectáculo apresentado pelo Teatro de Marionetas do Porto, destinado ao público infantil e livremente inspirado no clássico conto para crianças.
A peça "O Polegarzinho" é, como não podia deixar de ser, dedicada ao público mais novo, inspirando-se nas várias versões que a narração foi tomando com o correr do tempo, de Joseph Jacobs a Hans-Christian Andersen, passando por Perrault e pelos irmãos Grimm.
João Paulo Seara Cardoso assina também a encenação do espectáculo e Júlio Vanzeler criou as marionetas e os figurinos que dão corpo a esta imortal historieta.

(informação e imagem daqui)

objectos

Caminhos incertos

Quem tem medo do lobo mau


Objectos da Ana Sofia Gonçalves

Gosto muito do trabalho desta artista plástica, em especial destas caixinhas de encanto onde cabem histórias. Se as soubermos contar.

Sem lustro

(ilustrações de Gianni de Conno)

Nestes brilhos que o Natal parece tornar universais, não consigo encontrar nenhuma luz.