domingo, 29 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

sonhos perigosos para a ordem pública




“Ella entra en la noche como en un cine, y cada noche un sueño nuevo la espera. Mientras ella cuenta, yo bebo mi café en silencio. Más me vale callar”.



 


Os sonhos ilustrados por Isidro Ferrer neste livro (fotografias de construções volumétricas que realizou com materiais de madeira por ele recolhidos, desenhos, colagens, objetos), são os de Helena Villagra, mulher do escritor uruguaio Eduardo Galeano, na sua maioria, já anteriormente publicados por este em outras obras como Memoria de fuego, El libro de los abrazos, Las palabras andantes, Bocas del tiempo e Espejos. Pretexto para narrativas sobre um mundo em que os sonhos não metem medo, antes aclaram a vida, as pequenas histórias que Helena sonha e com que Galeano nos encanta (e inquieta), ganham toda uma nova poética com a interpretação que Isidro Ferrer fez deste material onírico. Ferrer acrescenta a estes sonhos a possibilidade de serem experimentados pelo olhar e inaugura  um modo muito curioso de fazer psicanálise.


























«Durmiendo, nos vio. Helena soñó que hacíamos fila en un aeropuerto igual a todos los aeropuertos y estábamos obligados a pasar, a través de una máquina, nuestras almohadas. En cada almohada, la almohada de anoche, la máquina leía los sueños. Era una máquina detectora de sueños peligrosos para el orden público». Eduardo Galeano.


 





Los sueños de Helena

Eduardo Galeano
ilustrações de Isidro Ferrer




sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

wild is the wind

perdido há uns verões atrás na sala grande, agora encolhido entre muitos na box, este andava à minha espera para uma sessão de cinema no sofá:







Home - Lar Doce Lar 
Realização de Ursula Meier 
Com: Isabelle Huppert, Olivier Gourmet, Adélaïde Leroux


(o Ípsilon falou dele aqui )

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Rui Costa (1972-2012)



















O pão

Há pessoas que amam

Com os dedos todos sobre a mesa.

Aquecem o pão com o suor do rosto

E quando as perdemos estão sempre

Ao nosso lado.

Por enquanto não nos tocam:

A lua encontra o pão caiado que comemos

Enquanto o riso das promessas destila

Na solidão da erva.

Estas pessoas são o chão

Onde erguemos o sol que nos falhou os dedos

E pôs um fruto negro no lugar do coração.

Estas pessoas são o chão

Que não precisa de voar.


in A Nuvem Prateada das Pessoas Graves, Edições Quasi

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

livros de cabeceira

André Letria

Bernardo Carvalho






(não se escolhe quando ficar doente, mas agora é mesmo má altura! e não me resta outra sorte que a de ir espreitando a Ilustrarte pelos olhos de outros)


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ilustrarte a chegar




É já daqui a poucos dias que inaugura a Bienal Internacional de Ilustração para a Infância - ILUSTRARTE. Além das 150 ilustrações seleccionadas, há ainda para ver uma exposição retrospetiva de Martin Jarrie, o sr. do coração deste blog e membro do júri desta edição.







De 13 de Janeiro a 8 de Abril de 2012
Inauguração 12 de Janeiro, 21h30
Museu da Electricidade
Av.Brasília, Central Tejo, Lisboa
Terça a Domingo, das 10h00 às 18h00
Entrada livre 



De entre os 50 escolhidos para a exposição, estão cinco ilustradores portugueses, dois com trabalho conjunto: Daniel Lima & Cátia Serrão, André Letria, Bernardo Carvalho e André da Loba.
Lembro que o prémio Ilustrarte 2012 foi atribuído ao ilustrador italiano Valério Vidali pelas ilustrações para o álbum "Um dia, um guarda chuva", com texto de Davide Cali, editado Planeta Tangerina. O júri atribuiu ainda duas menções especiais aos trabalhos do ilustrador italiano Simone Rea e à dupla de ilustradoras suíças Nina Wehrle e Evelyn Laube.
E para abrir o apetite, hoje destaco duas ilustradoras seleccionadas: Alicia Baladan e Anna Boulanger.