sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
outros livros (2)
the wizard of Oz, 2007
Alice- a mad tea party,2006
" O chá dos loucos
Havia uma mesa posta debaixo de uma árvore em frente da casa, onde estavam sentados a Lebre de Março e o Chapleiro a tomar chá; um Arganaz dormia profundamente entre eles, servindo-lhes de almofada onde pousavam os cotovelos, ao mesmo tempo que falavam por cima da cabeça do bicho. « Não me parece nada confortável para o Arganaz», pensou Alice. « Mas como está a dormir, acho que não lhe faz diferença.»
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
outros livros (1)
"livros alterados" ou a possibilidade de transformar o objecto livro e o seu conteúdo, num trabalho artístico
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
o universo
Alberto Caieiro
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
a integridade
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alto vive.
Ricardo Reis
este é o poema com que a Fátima Inácio Gomes termina uma carta aos colegas do seu departamento, (publicada aqui) no momento de lhes comunicar a demissão do cargo de coordenadora; nestes dias que correm, triste por ver aumentar na minha escola o afã da obediência cega, permito-me contudo uma poeira de contentamento perante esta carta e este poema de exaltação da integridade.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
olhar o céu
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
bravura. eh, eh!
(a propósito da leitura na aula de um excerto da autobiografia de Charlie Chaplin, o Gonçalo pediu-me que lhe mostrasse quem era o Charlot)
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
livros digitais
Para folhear, ler, ouvir ler ou olhar, escolho estes dois:
Uma flor chamada Maria
texto de Alves Redol
ilustração de José Miguel Ribeiro
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
sábado, 3 de janeiro de 2009
as palavras
O LIMPA PALAVRAS
Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.
Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
e do mau uso.
Muitas chegam doentes,
outras simplesmente gastas, estafadas,
dobradas pelo peso das coisas
que trazem às costas.
A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os pápeis no ar
e é preciso fechá-la na arrecadação.
No fim de tudo voltam os olhos para a luz
e vão para longe,
leves palavras voadoras
sem nada que as prenda à terra,
outras vezes nascidas pela minha mão:
a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.
A palavra obrigado agradece-me.
As outras, não.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
e lavadas como seixos do rio:
a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.
Vão à procura de quem as queira dizer,
de mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes um braço para apanhares
a palavra barco ou a palavra amor.
Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.
Álvaro Magalhães, O limpa-palavras e outros poemas, Asa